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Mercado da saúde gera 34,8 mil novos empregos no 1º trimestre de 2025

Alta de 0,7% reflete força do setor privado, mas revela desigualdades regionais e fragilidade do setor público no Norte.

O mercado de trabalho na cadeia produtiva da saúde no Brasil registrou um crescimento de 0,7% no primeiro trimestre de 2025, segundo a 76ª edição do Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde (RECS), do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). O setor ganhou 34,8 mil novos postos formais, passando de 5,15 milhões em dezembro para 5,18 milhões em março.

O aumento reforça a resiliência do segmento mesmo em um cenário de crescimento moderado da economia geral, que teve alta de 1,4% no período e gerou 640,8 mil vagas. A saúde respondeu por 5,4% do total de empregos criados no país.

O desempenho positivo foi impulsionado exclusivamente pelo setor privado, que avançou 1,1% no trimestre. Já o setor público registrou queda de 1,2% nos vínculos, com impacto mais severo na região Norte, onde a retração chegou a 1,5%, puxada por uma redução de 4,2% nos empregos públicos.

A região Centro-Oeste liderou o crescimento proporcional, com alta de 2,1% nos vínculos formais na saúde. O Norte, que ainda depende fortemente do setor público (46% dos empregos formais na saúde da região), foi o único a registrar queda.

Atualmente, a saúde representa 10,8% dos empregos formais no Brasil. O Sudeste concentra o maior volume absoluto, com 2,59 milhões de vínculos (10,7% da economia local). O Centro-Oeste apresenta a maior participação proporcional, com 12,5% dos vínculos formais pertencentes à saúde.

Na saúde suplementar, os prestadores responderam por quase 74% dos 170 mil novos empregos gerados entre março de 2024 e março de 2025. O Nordeste se destacou com crescimento de 8,3% nos vínculos formais por 100 mil habitantes, indicando uma tendência de interiorização dos serviços e da força de trabalho em saúde.

José Cechin, superintendente executivo do IESS, reforça que o setor segue sendo uma importante âncora de geração de empregos formais, mesmo em um cenário econômico desafiador. Segundo ele, o avanço do setor privado contrasta com a fragilidade dos vínculos públicos, o que acende um alerta para a necessidade de políticas que fortaleçam o equilíbrio entre as regiões e assegurem a oferta de serviços.

O relatório do IESS reforça o papel do setor privado como motor da geração de empregos em saúde e aponta para a necessidade de maior atenção às disparidades regionais e à sustentabilidade do setor público, especialmente no Norte do país.

Fonte: Saúde Business

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