Nos últimos anos, a medicina tem sido cada vez mais capaz de ajudar pessoas, eliminando sofrimentos e salvando vidas. Contudo, mesmo com tantos avanços tecnológicos, não se pode descartar a importância da relação médico e paciente.
Afinal, é possível afirmar que a eficácia de um tratamento está diretamente ligada ao bom relacionamento entre essas duas partes.
Isso porque o atendimento a uma pessoa que passa por qualquer tipo de situação não se resume a avaliar exames e prescrever medicamentos. Antes disso, se estabelece uma relação de confiança e reciprocidade.
Outro ponto importante nesse vínculo é a delimitação de uma autoridade por parte do médico, sem que haja submissão por parte do paciente.
Portanto, é preciso que a opinião do especialista não retire totalmente do processo aquele que está sendo cuidado. Para isso, deve-se criar maneiras de empoderar o indivíduo para que se torne agente ativo no tratamento.
A importância da relação médico-paciente
É importante que na relação médico e paciente o profissional tenha a consciência de que a terapêutica proposta por ele pode não trazer os resultados esperados. Afinal, embora hajam medidas baseadas em dados científicos, a realidade pode apresentar exceções.
Por outro lado, o paciente precisa de informações sobre tudo que envolve o seu quadro clínico, quais os tratamentos realizados e por que, assim como os possíveis riscos envolvidos.
Dessa forma cria-se o sentimento de que as soluções estão sendo encontradas em conjunto e não impostas de uma maneira autoritária.
Além disso, é essencial refletir sobre o aumento da participação dos médicos em áreas administrativas, penais e cíveis, para que encontre-se maneiras desse fato não interferir no relacionamento com os pacientes.
Como melhorar a relação médico e paciente: confira dicas!
Embora muitos profissionais reconheçam a importância do fortalecimento da relação médico e paciente, muitos deles encontram desafios para alcançarem esse objetivo.
Por isso, a impessoalidade nas consultas acaba prejudicando ambas as partes. Afinal, o paciente sente que não está sendo valorizado da forma correta e abandona o acompanhamento. Já o médico acumula uma série de tratamentos não finalizados.
Então, confira algumas dicas para melhorar a experiência daqueles que estão sendo tratados e, consequentemente, obter melhores resultados com as terapêuticas propostas.
Dê preferência para um atendimento humanizado
Um dos pilares da relação entre médico e paciente é o desenvolvimento da humanização em todos os processos que envolvem o atendimento clínico.
Portanto, para haver sucesso no fortalecimento dessas conexões deve-se promover mudanças significativas na cultura de atendimento.
Isso porque é comum encontrar profissionais que desumanizam o paciente e focam apenas nas enfermidades e doenças, sem levar em consideração o contexto social em que aquele indivíduo está inserido.
Nesses casos, desconsidera-se os sentimentos e emoções envolvidas, inclusive, na causa dos problemas. Como consequência, aplica-se um tratamento pouco efetivo e com pouca aderência do enfermo.
Além disso, a humanização das relações deve se estender para todos os ambientes, não só no atendimento clínico.
Ou seja, é preciso estar atento a esse fato desde a chegada de um cliente na recepção, primeiro contato por telefone, até o momento que ele vai embora.
Ouça com atenção antes de fornecer algum diagnóstico
Muitos médicos têm o hábito de começar o atendimento pedindo resultados de exames ou indo diretamente para um questionário a respeito dos sintomas que estão sendo apresentados.
Contudo, dessa forma, não se apresenta interesse real pelos problemas trazidos ao consultório o paciente se sente menos valorizado.
Por outro lado, sabemos da rotina frequentemente exaustiva de um profissional da saúde, especialmente para os que dividem a jornada de trabalho sendo gestores de clínicas e hospitais.
No entanto, ouvir com atenção as questões levantadas pelos pacientes é essencial para fortalecer os laços e melhorar a eficácia dos tratamentos.
Não corra com as consultas
Outra maneira de fortalecer a relação entre médico e paciente é reservando tempo suficiente para cada consulta. Afinal, perceber que o atendimento está muito acelerado faz com que o indivíduo se sinta apenas como um número na agenda da clínica.
Além disso, em uma consulta corrida, não há tempo suficiente para buscar os reais motivos que originaram o quadro clínico apresentado pelo paciente.
Isso porque, além dos resultados presentes nos exames, vários problemas podem ser causados por fatores relacionados à sua vida pessoal, como estresse, depressão, traumas, isolamento social, entre outros.
Sendo assim, uma forma de evitar esse tipo de problema é contar com um software de agenda médica eficiente, como o Conclínica.
Invista no relacionamento pós-consulta
Outro ponto essencial na construção de uma boa relação entre médico e paciente é o investimento nos processos pós-consulta.
Afinal, um tratamento não se encerra com uma prescrição de medicamentos e mudanças de hábitos. Na verdade, esse é apenas o começo da melhora. Para que ela ocorra realmente é preciso haver um acompanhamento dos procedimentos recomendados.
Tipos de relação entre médico e paciente
A medicina como profissão já existe há centenas de anos. E em todo esse tempo, diversas mudanças na relação entre médico e paciente foram documentadas na literatura.
Então, o Dr. Robert Veatch destaca os seguintes modelos dessa relação:
- Sacerdotal ou paternalista: neste caso, o paciente se apresenta como submisso ao médico, que impõe uma relação de dominação;
- Engenheiro ou informativo: trata-se de uma relação mais adaptativa, onde o nível de poder do paciente é variável. Contudo, o médico continua sendo a autoridade.
- Colegial: as relações de poder passam a ser igualitárias, há negociação entre as partes, mas a autoridade do médico é preservada;
- Contratualista: aqui, a autoridade e o poder são compartilhados. Por um lado, o médico mantém sua autoridade graças ao conhecimento técnico e o paciente é visto como um ser autônomo.
Sendo assim, as abordagens que estabelecem uma relação mais unilateral são consideradas defasadas nos dias de hoje. Por isso, deve-se priorizar aquelas que proporcionam mais autonomia aos pacientes.
Conte com a Conclínica para atender bem seus pacientes
Como você viu, manter um bom atendimento é um dos pilares para o desenvolvimento de uma relação médico e paciente melhor.
Por isso, a Conclínica oferece as melhores soluções de gestão de clínicas para que você conte com a tecnologia para garantir a melhor experiência aos seus clientes.
Dessa forma, você poderá agilizar a marcação de consultas, proporcionar um serviço mais eficiente e ainda controlar todas as suas finanças de forma mais eficaz.
E para conferir ainda mais conteúdos como este, acompanhe o Blog da Conclínica!

Pós Graduado em Gestão Estratégica de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), especialista em tecnologia para área da saúde, possui mais de 10 anos de experiência no setor. No tempo livre, adora ver séries/filmes ou curtir um bom video game com amigos.
Conheça o melhor sistemapara clínicas!
Artigos recomendados
Cuidados paliativos: como aplicar nos seus pacientes de forma correta
Os cuidados paliativos são uma abordagem essencial no tratamento de pacientes com doenças graves e…
Código de ética médica atualizado: principais pontos que sua clínica considerar
O Código de Ética Médica é um conjunto de princípios e diretrizes que regem a conduta dos profissionais da…
Relatório de enfermagem: o que é e como padronizar para sua clínica
O relatório de enfermagem é um documento que registra as informações sobre o estado de saúde e os cuidados…