A adoção de tecnologia na área da saúde no Brasil ainda enfrenta desafios, especialmente em relação à maturidade digital das instituições. Segundo dados da HIMSS Analytics, apenas 23 hospitais no país possuem certificação nos níveis 6 ou 7 do modelo HIMSS, que mede a implementação de soluções digitais. Além disso, uma pesquisa da TIC Saúde 2024 aponta que apenas 4% dos estabelecimentos utilizam Inteligência Artificial (IA) de forma significativa, enquanto a adesão entre médicos chega a 17%.
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Nos Estados Unidos e Europa, a digitalização já é uma realidade consolidada, impulsionada pelo uso de IA em processos como suporte à decisão clínica e automação administrativa. No Brasil, especialistas destacam que o desafio não é a falta de tecnologia, mas a necessidade de soluções acessíveis e adaptáveis à realidade financeira e operacional das instituições. Modelos de automação inteligente, como verificação de interações medicamentosas em tempo real e gestão preditiva de recursos, têm sido desenvolvidos por startups nacionais para atender essa demanda.
A expectativa do setor é que a ampliação do uso da IA traga ganhos expressivos na segurança do paciente e na eficiência hospitalar. Especialistas defendem que a evolução da maturidade digital deve ocorrer com soluções que não apenas atendam aos requisitos técnicos, mas que se integrem à rotina dos profissionais de saúde, garantindo impacto real no desempenho das instituições.