Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, desenvolveram um implante ocular PRIMA revolucionário que permite a pacientes com degeneração macular avançada, uma das principais causas de cegueira em idosos, voltar a ler e realizar atividades do cotidiano.
O dispositivo, chamado PRIMA, consiste em um microchip fotovoltaico de apenas 2 milímetros implantado na retina, que se conecta a óculos especiais equipados com uma câmera. A câmera captura imagens, converte-as em luz infravermelha e as projeta sobre o chip, que as transforma em sinais elétricos, estimulando as células nervosas da retina ainda funcionais. Essa tecnologia médica representa um avanço importante na área de visão artificial.
Em um estudo clínico com 38 participantes, 32 completaram 12 meses de acompanhamento. Desses, 27 conseguiram retomar a leitura de textos e 26 apresentaram melhora significativa na acuidade visual. Os pacientes relataram satisfação com os resultados, apesar de limitações como visão em preto e branco e resolução reduzida.
O implante ocular PRIMA representa um avanço significativo em relação a próteses anteriores, que apenas detectavam luz. A tecnologia oferece uma forma de visão funcional, permitindo a leitura de livros, cardápios e placas de trânsito.
Os pesquisadores destacam que, embora o dispositivo atual ofereça visão monocromática, futuras versões com maior resolução e capacidade de distinguir tons de cinza estão em desenvolvimento. Além disso, há planos para testar a tecnologia em outros tipos de cegueira causados por perda de fotorreceptores.
Essa inovação abre novas perspectivas para milhões de pessoas que sofrem de perda irreversível da visão central, proporcionando-lhes uma qualidade de vida significativamente melhorada.
Leia também: Novo exame de sangue pode antecipar diagnóstico do Parkinson em até 7 anos
 
															 
                         
								 
								 
								