O conceito de imprudência médica está relacionado à falta de cuidado ou atenção do profissional e, infelizmente, é bem comum. No entanto, quais ações de fato são consideradas como imprudência médica? É comum haver dúvidas, já que há diferentes conceitos e consequências.
Por essa razão, neste artigo, além de definir o que é imprudência médica, vamos apresentar em quais situações as ações médicas se enquadram nesta situação, também vamos falar um pouco sobre imperícia e negligência médica, uma vez que é comum haver confusão sobre esses temas.
Por fim, abordaremos as consequências em caso de imprudência médica e o que fazer diante dessa situação. Continue acompanhando e boa leitura.
O que é imprudência médica?
Esse é o conceito que se refere ao profissional que deixa de agir com cuidado e cautela no exercício de suas atividades.
Ou seja, a imprudência acontece quando o médico não se preocupa com as consequências das ações adotadas. Apesar de saber dos riscos, quando o médico ignora os padrões ou recomendações de cuidado, ele age com imprudência.
Vale destacar que, na medicina, existem padrões e recomendações criadas justamente para garantir a segurança necessária em cada agendamento e procedimento.
Por fim, a imprudência médica é caracterizada justamente pela falta de cautela ou preocupação com as consequências de uma ação do profissional. Neste sentido, é necessário que haja consciência e conhecimento sobre os riscos.
Quando é considerado imprudência médica?
Um exemplo comum é quando o médico-cirurgião realiza um procedimento sem o auxílio de uma equipe, ou de todos os equipamentos necessários. Caso haja liberação do paciente do hospital antes do prazo, também caracteriza-se imprudência médica.
Isso porque, após alguns procedimentos, é recomendado que o paciente fique em observação, a fim de garantir que o paciente receberá os cuidados necessários, caso alguma urgência aconteça.
Assim, mesmo ao saber da situação de risco ou condições do paciente, ao dar alta da internação, o médico ou hospital também comete imprudência médica. Dessa maneira, o ideal é que sempre sejam seguidas as diretrizes do Código de Ética Médica.
Esse é um dos principais e mais importantes instrumentos para manutenção dos padrões de qualidade nos atendimentos médicos no Brasil. Sendo assim, é essencial que os profissionais conheçam e sigam o código de ética.
Qual a diferença entre imprudência médica e imperícia médica?
Uma confusão bem comum que muitos cometem é relacionar a imprudência médica com a imperícia. No entanto, os dois conceitos diferem, e se referem a práticas distintas.
A imperícia médica, diferente da imprudência, tem como características a aplicação de um ato pelo médico sem o devido conhecimento prático, teórico e técnico. Assim, ela acontece quando o médico realiza um procedimento sem o devido conhecimento.
Dessa maneira, há uma execução errada de um ato técnico que faz parte da profissão. Com isso, a deficiência ou falta de conhecimento gera risco para a integridade física do paciente.
E quando acontece a negligência médica?
Já a negligência médica acontece por uma conduta omissa do profissional, ou pela sua falta de precaução.
Apesar de semelhante à imprudência médica, aqui o paciente é exposto aos riscos pela falta de ação do médico. Com isso, a diferenciação acontece justamente pela falta de atitude ou aplicação das técnicas corretas.
As consequências da imprudência médica
Em suas devidas proporções, as sanções sofridas pelo profissional que comete imprudência médica, podem acontecer em três esferas diferentes:
Responsabilidade Administrativa e Ética
Uma das principais consequências da imprudência médica é a responsabilização administrativa e ética, sendo que o médico, denunciado e investigado pelo Conselho Regional de Medicina.
Assim, após a apresentação dos fatos, é aberto um processo ético disciplinar, que pode resultar em uma eventual punição administrativa.
Responsabilidade Criminal da imprudência médica
Outro tipo de consequência diante da imprudência médica é a responsabilidade criminal. Assim, quando em decorrência da imprudência, o profissional cometa um crime tipificado pelo Código Penal, é aberto um Inquérito Policial.
Com provas suficientes da responsabilidade do médico, é aberta também uma denúncia no Ministério Público e a consequente Ação Penal.
Responsabilidade Civil
Por fim, há também a possibilidade de ser instaurado um processo civil contra o médico. Ao ser constatado dano material e/ou moral, o paciente pode ingressar com ação para recebimento de indenização.
Com a reunião de provas que atestem a imprudência médica, condenado-se o médico ao pagamento de valores indenizatórios.
O que fazer em casos de imprudência médica na sua clínica?
Mas o que fazer em casos de imprudência médica? Quais atitudes os médicos e clínicas devem adotar em situações como essa?
Em resumo, o ideal é que o profissional busque identificar o erro e adotar ações que possam, minimamente, reduzir os impactos causados ao paciente. Fazer isso ajuda a reduzir os danos, tanto para o paciente quanto para a própria clínica e médico.
Além disso, recomenda-se que o profissional identifique a situação e o que a ocasionou. Dessa maneira, é possível adotar padrões e formas de evitar que o erro volte a acontecer.
Por outro lado, a clínica, hospital ou o próprio médico devem comunicar a família sobre a condição do paciente. Em situações como essa, o ideal é sempre buscar por soluções que amenizem os danos causados.
Por fim, é necessário apresentar detalhadamente os passos que levarão até a decisão pelo procedimento é uma forma de lidar melhor com o caso. Humanizar a relação entre médico e paciente, e clínica e paciente é o mais recomendado neste caso.
Proporcione a melhor comunicação entre médico e paciente
Como visto, em casos de imprudência médica, o ideal é lidar com isso da forma mais humana possível, com os pacientes e seus familiares.
Nesse sentido, é possível perceber que, em qualquer que seja a situação, a solução é contar com uma ferramenta de gestão médica como a ConClínica.
Isso porque o nosso sistema facilita a rotina e diminui trabalhos burocráticos, permitindo que os médicos possam focar no que é mais importante: o paciente.
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