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Médico com estetoscópio e lupa digital exibindo ícone de verificação, simbolizando CID em saúde.

O que é CID: classificações, importância e como utilizar

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Se você pensou que estudar medicina consiste somente em biologia e psicologia, é melhor pensar de novo. Um outro aspecto muito importante da profissão é a epidemiologia.

E uma ferramenta essencial para ajudar o médico a analisar a prevalência de doenças e na compreensão do perfil de determinada população é o CID. Sua principal função é monitorar a incidência e prevalência de doenças, através de uma padronização universal. Assim o profissional, em caso de uma epidemia, por exemplo, pode viabilizar recursos fundamentais para as necessidades de uma determinada região.

Mas, embora seja uma ferramenta vital do cotidiano médico, você sabe o que é o CID? E seus códigos e classificações? Vou explicar tudo nesse texto, continue lendo para saber.

O que é CID?

Publicado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), CID é a sigla para “Classificação Internacionais de Doenças Relacionados à Saúde”, um conjunto de normas revisadas de tempos em tempos que monitora, determina e classifica:

  • Doenças;
  • Sintomas;
  • Queixas;
  • Causas externas;
  • Sinais;
  • Aspectos anormais;
  • Circunstâncias sociais.

O CID é usado constantemente pelos médicos como nos laudos médicos (digitais e impressos) e foi um verdadeiro divisor de águas na área. Uma conquista ainda celebrada pela Organização. O código atualmente se encontra em sua 10ª edição. Falaremos em detalhes mais adiante.

Objetivos dos CID

Através de uma padronização, o CID nomeia as mais diversas enfermidades permitindo assim uma melhor e mais assertiva comunicação entre os médicos. Tal padrão evita ambiguidades que poderiam prejudicar o paciente.

Por exemplo, uma mesma doença pode ter nomes diferentes aqui no Brasil e na Rússia. Como são idiomas totalmente diferentes, um erro de tradução poderia ser perigoso no tratamento do paciente. Com um sistema padronizado por código, a compreensão é mais rápida e sem falhas.

Outro objetivo do CID é substituir o nome de uma doença por seu respectivo código à pedido do enfermo. Para que se evite constrangimento, situações desconfortáveis, até mesmo sofrer discriminação.

A padronização também auxilia na comunicação entre os órgãos governamentais, de forma a facilitar e torná-la mais eficiente. Serviços como a Previdência Social usam do CID para prestar benefícios, como o auxílio doença, à população. 

O Conclínica disponibiliza para você uma tabela CID-10 completa para ajudar no seu dia a dia.

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Como utilizar o CID?

O CID funciona como um catálogo, onde todas as doenças epidemiológicas são listadas e classificadas por um código de uma letra e dois dígitos, um ponto e um algarismo de 0 a 99.

Por exemplo, o código F16 – Transtorno mental e comportamental devido ao uso de alucinógenos.

Assim é possível entender de forma mais direta, eficiente e intuitiva.

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CID 10

Desde 1990 segue em vigor o CID 10, aprovado na 43ª Assembléia Mundial de Saúde. O CID segue em constante revisão com o intuito de melhor refletir o progresso na área médica e na saúde.

O CID deve constar em atestados médicos?

De acordo com a Resolução nº 1819 da CMF, que vigora desde 2007, o CID não deve constar em atestados médicos. O diagnóstico, assim como seu devido código, só devem ser colocados caso o paciente peça. A proibição também se estende a outros casos como:

  1. Preenchimento de guias de consulta;
  2. Solicitação de exames de seguradoras;
  3. Operadoras de planos de saúde.

Isso também pode ajudar a otimizar sua agenda médica e o prontuário eletrônico.

Principais classificações do CID 10

A estrutura do CID é feita de forma a ser rapidamente entendida e intuitiva. Cada categoria descreve um grupo de doenças semelhantes ou causadas pelo mesmo fator. Veja abaixo algumas das doenças principais que constam no CID 10:

Doenças infecciosas e parasitárias (A00 – B99);

Exemplo: Doenças bacterianas  e intestinais especificadas por protozoários.

Doenças endócrinas, metabólicas e nutricionais (E00 – E90);

Exemplo: Diabetes e casos de desnutrição.

Transtornos mentais e comportamentais (F00 – F99);

Exemplo: Esquizofrenia e ansiedade orgânicos.

Afecções geradas no período perinatal (P00 – P96).

Exemplo: Síndrome da angústia respiratória do recém-nascido e infecção própria do período perinatal não especificada.

O Uso do CID 10 em pesquisas

Como vimos acima, o CID facilita e muito a identificação de doenças. Isso torna muito mais fácil o trabalho de um pesquisador sobre a incidência de problemas de saúde em um local ou um específico grupo de pessoas

Por meio dessa pesquisa é possível levantar dados como a taxa de morbidade (calculando a quantidade proporcional de pessoas que desenvolve uma doença em um determinado grupo) e até mesmo a taxa de mortalidade.

Tais estatísticas são importantes para identificar fatores externos que podem contribuir para o surgimento de epidemias. Da mesma forma que também podem orientar governos e entidades a tomarem medidas preventivas à doenças com maior incidência.

Quando o CID 11 entra em vigor?

Atualmente o CID 11 já está aprovada pela OMS. A nova lista atualizada tem previsão para entrar em vigor em 1º de janeiro de 2022. O documento irá refletir o avanço na medicina e nas pesquisas científicas.

A OMS também promete apoiar a implementação da nova versão em vários países. O CID 11 foi desenvolvido com o intuito de facilitar seu uso em diferentes idiomas. 

“Um dos mais importantes princípios desta revisão foi simplificar a estrutura de codificação e ferramentas eletrônicas. Isso permitirá que os profissionais de saúde registrem os problemas (de saúde) de forma mais fácil e completa” – afirmou Robert Jakob, líder da equipe de classificação de terminologias e padrões da OMS.

E em uma ação inédita o CID 11 será a primeira em formato totalmente digital. Novamente a tecnologia atuando para agilizar o atendimento e a informação. Facilitando a vida dos profissionais de medicina.

A nova versão inclui alterações no que diz respeito à parcela trans da população visando diminuir a discriminação e evidências que mostram que a mudança de gênero não é um distúrbio mental. Segundo a OMS, “ é preciso garantir atendimento às demandas específicas”.

Ainda tem dúvida sobre o CID? Comente o que você achou das inovações que virão e continue no blog Conclínica para ler mais conteúdos que ajudam no cotidiano do seu consultório ou clínica.

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