As metas internacionais de segurança do paciente, estabelecidas pela Joint Commission International (JCI), têm como objetivo promover as melhores práticas em todos os aspectos do cuidado médico. Saiba mais!
As Metas Internacionais de Segurança do Paciente, estabelecidas pela Joint Commission International (JCI), representam um marco significativo na busca por cuidados médicos de qualidade em todo o mundo.
Criadas em 2006, essas metas foram desenvolvidas com o objetivo de garantir as melhores práticas em todas as fases do atendimento e da experiência do paciente, desde a admissão até a alta.
Neste artigo, exploraremos em detalhes cada uma dessas metas e sua importância crucial na promoção da segurança e da qualidade dos cuidados de saúde.
Além disso, abordaremos as boas práticas que podem ser adotadas em consultórios e clínicas para atender e superar essas metas, garantindo assim um ambiente de cuidado seguro e eficaz para todos os pacientes. Boa leitura!
O que é segurança do paciente?
Segurança do paciente é um conceito central na prestação de cuidados de saúde, que se concentra na prevenção de danos evitáveis durante o tratamento médico.
Envolve a implementação de práticas e políticas destinadas a reduzir riscos, erros e eventos adversos que possam ocorrer durante a assistência médica. Isso inclui a prevenção de complicações decorrentes de quedas, além de uma série de outros incidentes adversos que possam afetar a segurança e o bem-estar dos pacientes.
Isso inclui desde a identificação correta do paciente até a administração precisa de medicamentos, passando pela prevenção de infecções hospitalares e a comunicação clara na relação médico-paciente.
Além disso, abrange a criação de uma cultura de segurança dentro das instituições de saúde, promovendo a transparência e a melhoria contínua dos processos.
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6 Metas Internacionais de Segurança do Paciente
As 6 Metas Internacionais de Segurança do Paciente foram estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como diretrizes para promover a segurança e a qualidade dos cuidados de saúde em todo o mundo.
Essas metas abordam áreas críticas onde a segurança do paciente pode ser aprimorada e são amplamente adotadas por instituições de saúde em diferentes países. As metas incluem:
1. Identificação dos pacientes
A meta de identificação correta dos pacientes visa garantir que cada indivíduo receba os cuidados apropriados, evitando erros de medicação, procedimentos ou diagnósticos.
Isso envolve o uso de identificadores únicos, como nome completo, data de nascimento e número de registro, em todas as interações. Além disso, verificações adicionais são implementadas em pontos críticos do processo de cuidado para evitar confusões e garantir a precisão da identificação, como o uso de pulseiras impressas.
2. Comunicação efetiva
A comunicação eficaz é essencial para a segurança do paciente, pois promove a compreensão mútua entre os membros da equipe de saúde e entre a equipe e os pacientes.
Inclui o compartilhamento claro de informações clínicas, planos de tratamento e resultados de exames, garantindo que todos os envolvidos estejam cientes e alinhados com os cuidados prestados.
Estratégias como o uso de linguagem simples, confirmação de entendimento e documentação precisa ajudam a evitar erros de comunicação que possam comprometer a segurança do paciente. Por isso, é preciso que todos estejam dispostos a realizar perguntas e tirar dúvidas.
3. Segurança de medicamentos
A segurança na administração de medicamentos é uma prioridade para evitar erros de dosagem, interações medicamentosas prejudiciais e administração incorreta.
Envolve a implementação de sistemas de verificação dupla, uso de etiquetas claras e distintas, e educação contínua da equipe sobre práticas seguras de prescrição e administração de medicamentos.
Além disso, atente-se às questões relacionadas à história clínica do paciente: alergia, interações medicamentosas, dosagens excessivas, anamnese, idade, peso, entre outros aspectos relevantes.
4. Segurança para cirurgias
A meta de segurança cirúrgica visa reduzir o risco de eventos adversos durante procedimentos cirúrgicos. Isso inclui a verificação pré-operatória da identidade do paciente, do procedimento a ser realizado e do local da cirurgia, além da marcação do local correto da intervenção.
Durante a cirurgia, é fundamental manter uma comunicação aberta e eficaz entre os membros da equipe, garantir a contagem precisa de instrumentos e materiais utilizados, e adotar medidas para prevenir infecções e complicações intraoperatórias.
5. Minimizar o risco de infecções relacionadas aos cuidados em saúde
Infecções hospitalares representam uma séria ameaça à segurança do paciente, por isso medidas preventivas são essenciais, como a higienização para clínicas.
Para garantir a redução do risco de infecções associadas aos cuidados de saúde, é essencial seguir rigorosamente algumas medidas fundamentais. Isso inclui a adesão estrita às diretrizes de higiene das mãos, o uso apropriado de equipamentos de proteção individual, entre outras práticas importantes.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda as seguintes etapas para a higienização correta das mãos:
- Molhar as mãos: umedeça-as completamente com água.
- Aplicar o sabão: coloque uma quantidade suficiente de sabão nas mãos.
- Esfregar as mãos: friccione as palmas, costas e entre os dedos vigorosamente.
- Esfregar os polegares: gire um polegar na palma da mão oposta, repetindo com o outro.
- Esfregar as pontas dos dedos: faça movimentos circulares com as pontas dos dedos de uma mão na palma da outra.
- Enxaguar as mãos: remova o sabão completamente com água corrente.
- Secar as mãos: use uma toalha limpa ou um secador de ar para secar completamente as mãos.
- Fechar a torneira: use uma toalha de papel para fechar a torneira e evitar o contato direto com as mãos.
6. Prevenção de quedas
Quedas representam uma das principais causas de lesões em pacientes hospitalizados, especialmente em idosos e indivíduos com condições médicas predisponentes.
Para prevenir quedas e suas consequências, estratégias como a avaliação de risco de queda, a implementação de medidas de segurança no ambiente hospitalar, como corrimãos e pisos antiderrapantes, e o fornecimento de assistência e supervisão adequadas a pacientes com alto risco de queda são fundamentais.
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Estratégias para alcançar as metas
Para alcançar as metas de segurança do paciente, várias práticas e estratégias podem ser implementadas:
- Padronização de processos e dados: a implementação de protocolos padronizados para identificação de pacientes e comunicação entre equipes de saúde é essencial para garantir a consistência e a precisão dos cuidados.
- Segurança do paciente: priorizar a segurança do paciente em todas as etapas do cuidado, da admissão à alta, requer medidas rigorosas para prevenir erros de medicação, infecções hospitalares e complicações cirúrgicas.
- Tecnologia da informação: a integração de sistemas informatizados na gestão de cuidados de saúde permite o acesso rápido e preciso a informações críticas do paciente, como histórico médico, alergias e planos de tratamento.
- Treinamento e educação: treinamento contínuo para a equipe de saúde é essencial para garantir práticas seguras em cuidados ao paciente, abrangendo desde a identificação até a administração de medicamentos e prevenção de complicações.
- Engajamento do paciente: envolver ativamente os pacientes em seu próprio cuidado através de comunicação clara, educação sobre sua condição e participação nas decisões relacionadas ao tratamento promove uma parceria colaborativa.
- Monitoramento e feedback: estabelecer sistemas robustos de monitoramento de desempenho e feedback permite a identificação precoce de áreas de melhoria e a implementação de medidas corretivas eficazes para fortalecer a segurança do paciente e garantir a qualidade contínua dos cuidados de saúde.
- Cultura de segurança: fomentar uma cultura organizacional que valorize a segurança do paciente como prioridade máxima requer liderança comprometida, transparência nas comunicações e reconhecimento do papel de cada indivíduo.
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As Metas Internacionais de Segurança do Paciente representam um compromisso essencial na busca por cuidados médicos de qualidade e seguros em todo o mundo.
Ao compreender e implementar as medidas necessárias para atender a essas metas, as instituições de saúde podem garantir um ambiente mais seguro e confiável para seus pacientes. Através da adoção de práticas eficazes e do uso de tecnologia na saúde, é possível alcançar padrões mais elevados de segurança e qualidade no atendimento ao paciente.
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